segunda-feira, abril 09, 2007

Feel


A biologia tem destas coisas. Prega-nos partidas, segreda-nos baixinho, aos ouvidos, umas hormonas que nos soam a gritos de generais que nos impõem um "aqui, já, agora" aos quais não nos atrevemos a desobedecer. E cumpridas as ordens, elas retiram-se discretamente, deixando-nos desorientados e vazios.

Nunca entendi a biologia humana e o fosso abismal na forma como a sociedade lida connosco, e com a nossa humanidade tão premente, tão aqui ao pé dos nossos corações e tão longe das nossas cabeças. Será assim tão longe?

Não me apetece, neste momento, comprometer-me com estudos acerca da dicotomia coração-cabeça, e em como eu acho que são um só, que nos permite sempre saber o que queremos, se nos deixarmos de preocupar por um momento com as normas sociais. Incomoda-me saber que as pessoas se preocupam mais com o que os outros pensam do que em ouvir a sua própria opinião, que inevitavelmente a biologia lhes vai gritar aos quatro cantos das células, muito brevemente.



Incomoda-me mais saber que, neste momento, a minha biologia está a gritar-me uma coisa e o vox populi não se cala com um zumzum, um diz-que-disse de olha-estou-te-a-avisar-depois-não-venhas-choramingar.

É impressionante a forma como eu faço sabotagem aos meus próprios planos e depois me queixo que eles não funcionam.

Comments:
Ah, a retórica.
 
Não está, mas podes deixar mensagem se quiseres. A seguir ao mip. MMMIIIIPPP.
 
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